E AGORA MANOLO???

Faça um Agradecimento Sincero.

– QUEM AGRADECER

Se tem alguém a quem sou realmente grata nesse mundo, é Deméter, dona de um dos 12 tronos do Olympo. Deusa da agricultura e do trigo. Por um motivo muito óbvio. Também chamada de Ceres, nome o qual deu origem à palavra CERVEJA. Temos Ninkasi, uma deusa sumeriana cultuada como verdadeira deusa da cerveja, maaas… Sem agricultura, sem trigo… sem cerveja. Então é a Deméter mesmo que eu agradeço.

E dedico esse post para todas as mulheres apreciadoras de cerveja, que embora muitos não saibam, é às mulheres a quem realmente devemos dar o crédito pela cerveja. Desde os tempos antigos, inspiradas nas grandes deusas, as cervejarias foram mantidas sempre por mulheres, mesmo com a sociedade patriarcal e machista. Mal sabem os homens de hoje, que o incrível laço entre a mulher e a cerveja, não é ao favor deles. E sim ao nosso.

Mas além do agradecimento, o post de hoje é pra repassar um pouco de conhecimento pra quem curte uma gelada. Uma explicação bem reduzida sobre os copos para tipos de cerveja (descomplicando a tulipa), e as minhas indicações para as mulheres cervejeiras.

– ONDE ENFIAR O SEU SUCO DE CEVADA –

Alguns dos principais copos usados para cerveja no Brasil:

CALDERETA:

O mais comum, para as mesmas indicações do copo americano (de bar). Versátil para qualquer tipo de cerveja, principalmente as Ales Inglesas e Americanas. Comporta pouco mais que 300ml, a sua cerveja dificilmente ficará choca e quente se tomada em partes nesse copo.

 

 

PILSNER:

Um dos modelos erroneamente chamados de “tulipa” no Brasil. Bom para cervejas do tipo Pilsen, e Witbier, pois sua base estreita e boca larga permitem formar uma boa espuma e direcionar o aroma do lúpulo.

 

LARGER:

Outro modelo conhecido no Brasil por “tulipa”, e errado novamente. Parecido, porém fácil de distinguir do pilsner. Um modelo menos alongado que o pilsner, a base é integrada, e não separada, e a boca é mais fechada. Tudo isso permite a cerveja ser mais saborosa que aromática (comparada a uma cerveja servida no pilsner), a melhor opção para o Chope.

TULIPA:

Agora sim, a verdadeira! Para cervejas beeem espumosas, para que possamos acompanhar a evolução da espuma no copo. Ideal para as Stong Ales. Ao contrário das que confundimos por tulipas, é a prima baixinha, com a boca virada para fora.

 

WEIZEN:

Para as cervejas de trigo, tipo as Weiss. Permite “olharmos” a cerveja, como manda a tradição. Comporta tranquilamente 500ml, possibilitando que todo o conteúdo da garrafa seja admirado no copo, como as leveduras de fundo, a cor e tranparência no corpo comprimido, e a espuma, que estabiliza muito bem no topo expandido do copo.

MASS:

O famoso canecão alemão. De vidro grosso, com alça, uma variação do “mug”, comporta 1 litro de cerveja, ideal para cervejas tiradas na pressão para ser bebidas em grande quantidade.

 

 

BOLLEKE:

Comporta vários nomes, com o termo mais simples de “cálice”, pouco ultilizado no Brasil. Sempre com uma base longa e topo largo e achatado. Bom para cervejas do tipo Dubbel, Tripel e Quadrupel, perfeito para as cervejas trapistas, as mantém saborosas e cheirosas com seus ingredientes diversificados. Feito manter a espuma sempre rala e constate, para que possa ser tomada em grandes goles.

 

– PARA NÓS –

Nada muito sofisticado, para bebermos feito Divas sem fazer a egípicia.

NORTEÑA:

A opção do internacional no dia-a-dia. Standard, pouco aromática e discretamente amarga. Suave e frutada. Não é necessária tomá-la tão gelada, tem frescor suficiente para aguentar uma temperatura ambiente, é pouco encorpada. Combina com qualquer porção que você peça no bar.

No copo: Larger.

 RUIVA:

A opção das Devassas! Nem loira, nem morena… ruiva! Páreo duro entre as Pale Ales americanas, cerveja de alta fermentação, aroma forte, cor avermelhada, encorpada com 6 maltes diferentes e lúpulos europeus. As vezes também designada como Red Ale pela cor, mas é bem diferente das irlandesas. Combina com comidas fortes, pois nubla o paladar com seu sabor intenso.

No copo: Caldereta.

 COLORADO APPIA:

A opção para acompanhar uma boa conversa. Cerveja clara Weiss. A colorado tem se destacado no mercado brasileiro com suas versões Appia, Indica, Caium, Ithaca, e Demoiselle (sim, em homenagem ao avião de Santos Dumont). Produzida com mel de abelhas africanas e européias, Appia, conta ainda com mel de laranjeira, um processo artesanal magnífico (sugiro que procurem sobre o processo, é bacana), e assim como a anterior, de alta fermentação, e assim como a Norteña: refrescante, mas deve ser tomada bem gelada. Sabor beeem adocidado, muito cremosa, aspecto opaco por não ser filtrada, o que garante um sabor incrível. Além de tudo, é “nutritiva”.

No copo: Weizen.


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